Integrantes da Administração Municipal de Bozano, estiveram reunidos ontem na sala de reuniões da prefeitura para deliberar sobre a situação vivenciada no município em função da falta de chuvas.

Além do prefeito Renato Casagrande o encontro também contou com a presença de representantes da coordenação de agricultura, Secretaria da Administração, Defesa Civil e representantes da Emater de Bozano.

O laudo apresentado pelos técnicos da Emater aponta perdas nas lavouras de milho, feijão e também na bacia leiteira. Em relação ao milho grão, dos 365 hectares plantados com o cereal, 185 são atingidos pelo déficit hídrico, uma quebra de 58% na produção e que atinge 18 famílias de produtores rurais.

O relatório aponta que no milho silagem que tem 270 hectares plantados, eram estimadas 42 toneladas de massa verde, no entanto, a falta de chuva fez a produção cair 46% – atingindo economicamente 48 famílias de agricultores. “A qualidade da produção utilizada para alimentação do gado caiu muito”, lembrou o agrônomo da Emater Lucas Sandri.

O chamado feijão 1ª safra que tem 50 famílias de produtores rurais atuando na produção, é outra cultura que também está sofrendo pela falta de chuvas.  A quebra na produção, conforme o levantamento da Emater chega a 52%.

Em relação ao gado leiteiro – os dados apontam que a perda é de 11%. Os produtores que entregam a produção para laticínio produziam por dia 17.700 litros de leite e com os efeitos da falta de chuva, agora estão conseguindo entregar pouco mais de 15.800 litros. São 58 propriedades rurais que atuam no segmento num rebanho total de 2.500 cabeças, das quais, 2.200 produzem para a indústria leiteira.

Gilson Bauer Coordenador Municipal de Proteção e Defesa Civil, disse que a estiagem já causa danos econômicos, ambientais e humanos em Bozano. Contou que durante o encontro realizado na prefeitura, participava de vídeo conferência com a Defesa Civil estadual – buscando orientações de como proceder na situação específica do município. Com base nos dados do laudo apresentado pela Emater, nos próximos dias, fará um levantamento de dados atinentes aos efeitos da estiagem para as pessoas, como necessidade de cestas básicas, ampliação de redes de água, e apontamento do déficit hídrico existente no Rio Ijuí.

“Existe a possibilidade do Decreto de Emergência por que há perdas significativas no milho, feijão e bacia leiteira, além das solicitações que já chegam na prefeitura para abertura e limpeza de bebedouros, limpezas de açude e ampliação de redes de água”, comentou. “O dano humano e ambiental pela falta de chuvas, somado ao prejuízo econômico – casos das perdas no milho e leite – podem culminar no decreto de emergência, em situação que será apurada nos próximos dias e enviada a Defesa Civil do Estado”, completou.

Participaram da reunião pela Emater Gisiani Bogorni e Lucas Sandri, Pelo Município, além do prefeito Casagrande, o coordenador de agricultura Luiz Kinalski, a secretária de administração Caroline Mastella e pela Defesa Civil Gilson Bauer.