A ausência de chuvas regulares nos últimos dias está prejudicando o desenvolvimento das lavouras de milho no município de Bozano. Conforme levantamento divulgado pelo escritório local da Emater, há situações muito variadas, o quê se explica pela diferença entre cultivares, data de semeadura e principalmente pela distribuição muito irregular das chuvas com volumes pouco expressivos. A maior parte das lavouras já apresenta perdas consolidadas de potencial produtivo, não sendo mais possível reversão do quadro. 

O déficit hídrico ocorrido durante o ciclo da cultura contribuiu para que as espigas ficassem menores e com menos grãos. Outro fator que acentuou a redução do potencial produtivo da cultura foi a umidade relativa do ar abaixo de 50% e temperatura superior a 35°C. Estes fatores prejudicaram a viabilidade dos grãos de pólen, reduzindo a fecundação dos grãos. 

Nos levantamentos verificados a campo, conforme o agrônomo Lucas Sandri, para as lavouras de milho sequeiro destinadas a colheita de grãos, até o momento, estima-se uma redução média de aproximadamente 60% da expectativa inicial de produtividade que era de 9.000 kg/ha.

Para as lavouras de milho destinadas a produção de silagem não se espera uma redução muito grande no rendimento inicial projetado de 30 t/ha, no entanto, vai ser uma silagem de baixa qualidade visto a pouca produção de grãos da cultura. Há lavouras onde as plantas praticamente não emitiram espigas. 

A redução de produtividade do milho tende a se acentuar se as chuvas não retornarem. O escritório da Emater já registra solicitações de Proagro para a cultura. Em Bozano, conforme a coordenadoria de agricultura do município, estão plantados 450 hectares de milho sequeiro, dos quais 270 hectares serão para produção de silagem. Há ainda pelo menos 205 hectares plantados com milho irrigado, totalizando cerca de 655 hectares cultivados com o cereal.

Edição: Emater/Assessoria de Comunicação - Prefeitura de Bozano 

Fotos: Antonio Brito